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CANTOR LEVOU NOBEL DE LITERATURA
MÚSICA
Publicado em 13/10/2016

 

Com o prêmio Nobel que ganhou nesta quinta-feira (13), Bob Dylan torna-se o único artista na história a reunir as principais premiações da música, literatura e cinema. Ele também já foi laureado com o Oscar, Grammy, Globo de Ouro e uma citação especial do Pulitzer.

Como é de se esperar, a música lhe rendeu o maior número de condecorações. Foram 12 Grammys. O primeiro deles em 1973, pela participação no álbum "The concert for Bangladesh", que reunia ainda nomes como George Harrison, Ravi Shankar, Ringo Starr e Eric Clapton. Ganhou sua própria estatueta na premiação pela primeira vez em 1980, com a melhor performance vocal masculina em "Gotta serve somebody".

Em 1991, ganhou o Grammy pelo conjunto da obra. A mais recente homenagem que recebeu no evento foi na edição deste ano, quando a coletânea de gravações caseiras "The bootleg series vol. 11: The basement tapes complete" foi premiada como melhor álbum histórico. 

O Oscar veio em 2001, por "Things have changed", trilha do filme "Garotos incríveis", dirigido por Curtis Hanson, que venceu na categoria melhor canção original. A música também lhe rendeu um Globo de Ouro no mesmo ano.

Uma honraria especial concedida pelo júri da premiação, a citação ao músico no Pulitzer foi feita em 2008, "por seu profundo impacto na música popular e na cultura americana, marcado por composições líricas de poder poético extraordinário". Um ano antes, ele também ganhou o prêmio espanhol Príncipe das Astúrias, por sua contribuição à cultura.

Tanto na música como na literatura, Bob Dylan foi fortemente influenciado pela geração beatnik e pelos poetas modernos americanos. "Como artista, foi altamente versátil e trabalhou como pintor, ator e autor de roteiros", lembrou o comunicado da Academia Sueca.

Ao ganhar no Nobel, ele superou grandes autores que eram tidos como favoritos da vez, como o queniano Ngũgĩ wa Thiong'o, o japonês Haruki Murakami e o poeta sírio Adonis. Dylan é o primeiro americano a vencer o Nobel de literatura desde Toni Morrison, em 1993.

Na entrevista coletiva após o anúncio desta quinta, a secretária da Academia Sueca comparou a obra do novo Nobel à dos poetas gregos Homero e Safo. "Eles escreveram textos poéticos que foram feitos para serem ouvidos, declamados, muitas vezes com instrumentos [musicais], do mesmo jeito que Bob Dylan. Nós ainda lemos Homero e Safo, e nós apreciamos", disse Sara Danius.

 

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